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Quando 2021 nascer

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Quando nasce um bebê, este parece vir acompanhado de uma certa luz, de um brilho que contagia a todos na casa, na família, e até mesmo entre amigos e vizinhos. Não é mesmo? Ninguém sabe como será a sua vida: se será boa; ou se terá mais desafios que a maioria das pessoas. Entretanto, mesmo antes de sua chegada muitos pais se pegam a imaginar o que podem vir a ser: Talvez essa criança venha ser um grande líder? E se for, que tipo de líder será? Será alguém amoroso? Será alguém com disposição? Será feliz? É claro que alguns bebês já nascem com muitas facilidades, enquanto outros não têm muito com o que começar, porém, mesmos dentre esses que nascem sob pouca expectativa, vez ou outra surge alguém que surpreende.   Só não conseguimos nos furtar este sentimento quente e gostoso que é a Esperança; essa crença que dali pode sair algo bom às vezes expresso até nos nomes que escolhemos para lhes dar. Penso que, de certa forma, um novo ano parece muito com um bebê. Basta observarmos co...

Às Luzes da Chanukkiah

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Não posso dizer que sou judeu; ainda não vivi a cultura nem aprendi a cumprir as mitzvot. Também ainda não trago o kipah cobrindo a cabeça, nunca enrolei um filactério, sigo no esforço de não comer porco e olhe lá o tanto de outras coisas que não conheço. No máximo trago em meus sobrenomes a possibilidade remota de um vínculo que talvez tenha sido a muito furtado. Quem sabe? Só posso dizer que há uma inquietação, uma insistência em buscar algo que nem sei bem o que é, e que, desde pequeno, parece sempre ter me faltado algo. Curiosamente, nas últimas semanas, tenho ouvido falar muito em encontrar a essência. E ouvi isso não apenas de rabinos, mas também de esotéricos, cristãos, e até ateus. Foi então que experimentei acender as velas de uma chanukiah improvisada com taças, reservando uma mais alta para shamash. Com a ajuda de minha esposa e meus filhos que, mesmo sem compartilharem da mesma busca, me acompanharam nas orações meio atrapalhadas e no acendimento das velas. Acendi as velas ...

O Sonho de Ícaro

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Não, não foi um única vez Aquela foi apenas a derradeira De todas as tentativas que fez A gravidade mostrou-se certeira Na tez o calor quis sentir E Vitória lhe quis demonstrar Que se a si um altar erigir A muitos poderia inspirar Não desistiu, lançou-se insistiu À jornada que egoísta pareceu Em verdade para todos ele subiu Mesmo quando do cansaço padeceu Sim, não foi por si que voou Era mesmo a empatia que o levava Tão pouco foi o Sol quem o derrubou Mas foi só que ao solo chegara Ao fogo Hefesto tirou Proteu às águas secara Das asas a liga cessou E o Sonho de Ícaro acabara. 

Depressão

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A alma mente E a mente sente Que tando dói a alma Té que a mente mente Que a alma não sente A mente.

Eu sou um DeMolay!!

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Minha história com a Ordem DeMolay teve início a muitos anos, quando eu ainda era estudante secundarista no Colégio Dom Bosco de Petrolina. Na ocasião fui convidado para assistir a uma palestra onde jovens, na mesma faixa etária, explicavam o propósito da Ordem e concluíram nos convidando para o processo de seleção. Fiquei encantado e aceitei! Não é a toa, uma fraternidade mundial de bons jovens, rapazes, que tem por objetivo formar bons homens e bons líderes. Como recusaria? Sentia falta de uma coisa assim em Sobradinho (e não fui apresentado à Havok ).  Infelizmente fui impedido de ser iniciado por razões que fugiam ao meu controle. Desde então sonho em ser um DeMolay.  Muito tempo se passou e, uma semana após ser iniciado maçom, soube da proposta de fundarmos um capítulo da Ordem DeMolay em minha cidade. Aos poucos fui sabendo mais e mais desta maravilhosa Escola de Líderes, participei de eventos, e acompanhei 3 jovens de Sobradinho às reuniões semanais do Capítulo Casa Nov...

Ao pastor, com carinho

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  Então cheguei lá, naquela templo, cujo piso era de chão batido, os assentos eram velhas cadeiras escolares, e o teto era o céu estrelado – certamente não há, no Mundo, pinturas e vitrais que superem aquele ambiente. Meu “início” de caminhada cristã deu-se ali, na igreja do Tabuleiro; um bairro afastado, desassistido e repleto de histórias de violência. O pastor, um baixinho barrigudo, com um bigode marcante, e voz desafinada, em cujo o currículo ele gostava de frisar a experiência de ter sido pastor de ovelhas de verdade. O coração não queria outra coisa: meu primeiro amor ali foi regado de histórias edificantes, de libertação e de cura, em diversas formas, algumas das quais quero compartilhar com você que está lendo. Nesta igreja, todo o sábado a noite, tem reunião de oração as quais eu, após um tempo de recém convertido, resolvi frequentar. Estas reuniões eram realizadas ao fundo do templo, numa casinha simples que depois deu lugar a mais espaço para as cadeiras e a um mezanino...

Um tempo para mim

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Participei recentemente de uma reunião onde, homens dedicados à promoção do bem estar geral, aconselhavam seu presidente cujo a cabeça pesava preocupada por diversas questões importantes. Apesar de ter sido um momento especial, chamou-me a atenção um destes conselheiros por sua percepção descontraída e livre sobre os diversos problemas apresentados. Posteriormente, enquanto muitos dedicavam-se ao vinho e à gula, eu continuei a observar meus anfitriões. – Não provarás da carne meu irmão? Interpelou-me o conselheiro. – Não como carne, sou vegetariano. Não queria tecer uma explicação tão completa quanto normalmente faço, então recorri ao rótulo, mesmo que ele não explique direito – na verdade, não me considero vegetariano, mas também não como carne. – Ah, também não comi carne durante cinco anos. – Eu não como carne por questões ideológicas – quase comecei a explicação “completa”, mas desisti – e você? – Religiosas … “Opa! Parece que há uma coisa interessante aqui”, pensei curioso. – O qu...